O termo, marca, é frequentemento usado hoje em dia como referência a uma determinada empresa: um nome, marca verbal, imagens ou conceitos que distinguem o produto, serviço ou a própria empresa. Quando se fala em marca, é comum estar-se a referir, na maioria das vezes, a uma representação gráfica onde pode ser feita através da composição de um símbolo e/ ou logotipo, tanto individualmente quanto combinados.
No entanto, o conceito de marca é bem mais abrangente que a sua representação gráfica.
A construção de uma marca é uma operação intelectual que tem por base a identificação de um produto no contexto do mercado a que se destina. Muitas vezes, é apresentada a um designer uma marca já construída, sem obedecer a regras da construção. Neste caso, resta ao designer camuflar essa má construção através de elementos apelativos que a tornem mais visível, notória e que atinja os objectivos explicitados no briefing. Quando é facultada ao designer a possibilidade de interferir na construção do nome, o resultado final, estético e comunicativo será mais coerente e sólido.
Para se conseguir uma marca nominal e seus objectivos, há de se ter em conta algumas regras:
1.O nome deve ser curto para fácil memorização. Poderá ser objectivo, subjectivo ou figurativo. A fonética auditiva e verbal deve ser facilmente perceptível e aceite pelo cérebro.
2.A palavra destinada `a marca não deve conter acentos
3.Dever-se-ão evitar os ditongos nasal.
4.A marca ideal deverá ser um nome conhecido ou percebido universalmente Dever-se-á ter em conta o significado da palavra no contexto do mercado nacional e internacional.
5.Palavras que possam dar origem a ambiguidades ou conotações negativas devem ser rejeitadas.
6. Marcas que utilizam nomes simbólicos, abstractos, tenderão a remeter para um posicionamento alto.
Um bom exercício para se identificar uma boa marca é prestar atenção nas conversas diárias, palavra por palavra, aí encontraremos alguma que nos atrairá mais a atenção e memorização. Em suma, uma boa marca é aquela que é facilmente memorizada, perceptível, audível, significante e universal.
A MARCA E SEU SIGNIFICADO
Todos nós, já nos deparamos com inúmeras marcas cujo significado , é facilmente identificado ou não. É mais fácil para um consumidor memorizar uma marca cujo significado lhe seja familiar. Por outro lado, o abstracto nominal de uma marca pode criar expectativas no conhecimento do seu significado e dar origem a que este consumidor, pelo inusitado e pela sua ânsia de conhecimento, tente descobrir o porquê desse nome, dando origem a um apego mental perante uma palavra por ele desconhecida. A significância demasiadamente objectiva, se não tiver algo mais que a sua expressão oral, pela sua vulgaridade será facilmente esquecida, ou seja, no mercado competitivo o valor diferencial revela-se em tudo aquilo que se torne algo de novo.
Por vezes, no mercado dito alto, será a simplicidade do nome, com ou sem conflitos intelectuais, que cativará a atenção e que irá remeter elegância a marca.
Nomes rebuscados serão mais sujeitos a apetência dos mercados médio e médio baixo. Nomes que tenham a ver com algo mais do que na realidade significam, projectarão o seu efeito no mercado alto.
A construção de um rótulo baseado numa determinada marca deverá ter em conta, independentemente do significado desta, a cultura, faixa etária e status do consumidor a que é destinada.
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